Débora Rolando
O cirurgião Paulo Athayde Salaverry Lopes, de 54 anos, foi baleado na cabeça após reagir a um assalto, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Paulo foi abordado por dois homens, quando chegava com sua motocicleta BMW na garagem do Edifício Cristal Park, onde mora, na Rua Nascimento Silva, 290, no fim da noite de quarta-feira. Após ser rendido, o médico entrou em luta corporal com um dos criminosos. O outro assaltante fez cinco disparos de pistola em direção ao médico. Quatro tiros foram desviados pelo capacete, sendo que um dos disparos atingiu a cabeça de Paulo.
Os bandidos fugiram levando a motocicleta da vítima. O médico foi socorrido pelo filho e levado para o Hospital Miguel Couto. No início da madrugada desta quinta-feira, Paulo foi transferido para a Clínica São Vicente, na Gávea, onde foi operado pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer. Segundo laudo médico, o estado de saúde dele é grave, mas estável.
Paulo Salaverry é casado e tem dois filhos. Segundo familiares, o médico teria comprado a motocicleta BMW, placa KVB-4282, há poucos dias e foi assaltado horas depois de retirar o veículo de uma concessionária. Após o crime, policiais do 23º BPM (Leblon) recolheram, no local, cinco cápsulas de calibre 40. Policiais da 14ª DP (Leblon) investigam o caso.
Mais detalhes sobre o quadro do paciente devem ser divulgados ainda nesta manhã.
"A violência contaminou o Rio"
No início da madrugada, familiares do médico Paulo Salaverry compareceram ao Hospital Miguel Couto para saber notícias e acompanhar o atendimento. Abalado, o irmão do médico fez duras críticas aos governantes e responsáveis pela segurança da cidade.
"A violência contaminou o Rio. Todo mundo sabe que os bandidos circulam com motocicletas roubadas pelas favelas e ninguém faz nada. Infelizmente você tem que esconder suas coisas, você tem que se esconder atrás das grades. Meu irmão é um homem de paz. Infelizmente ele acabou sendo vítima dessa violência. O governo não cuida da nossa segurança", disse o advogado Luiz Carlos Pereira.
Polícia ouviu testemunha
Um segurança particular, que trabalha como vigia noturno na Rua Nascimento Silva, prestou depoimento na 14ª DP (Leblon), no início da madrugada desta quinta-feira. Segundo os policiais, ele seria uma das principais testemunhas do crime, já que estava próximo ao local, no momento em que os bandidos renderam e fizeram os disparos que atingiram o médico Paulo Salaverry. As informações fornecidas pelo segurança estão sendo mantidas em sigilo. A hipótese de o assalto ter sido captado por câmeras de circuito interno dos edifícios vizinhos ainda não foi descartada pela polícia.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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