quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Supremo julga Palocci nesta quinta

Danyelle Woyames

O STF (Supremo Tribunal Federal) julga nesta quinta-feira (27) a participação do ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) na quebra de sigilo e divulgação de dados de uma conta pertencente ao caseiro Francenildo Costa, em 2006. Os ministros decidem se recebem a denúncia contra Palocci e o tornam réu por quebra de sigilo funcional.

Também foram indiciados pela PF o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e Marcelo Netto, ex-assessor de comunicação de Palocci - o primeiro por quebra de sigilo bancário e funcional, e o segundo por violação de sigilo bancário.

Uma vitória de Palocci no caso representa caminho aberto a uma candidatura ao governo de São Paulo, que vem se delineando no Estado, ou até mesmo à Presidência da República. O nome de Palocci é um dos cotados caso a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva não vingue.

Entenda o caso

Em depoimento a CPI dos Bingos, 2006, o caseiro Francenildo Costa afirmou que o petista frequentava uma mansão em Brasília, onde supostamente aconteciam atividades ilícitas. Dois dias depois, o caseiro teve o sigilo bancário violado pela Caixa Econômica Federal, subordinada ao Ministério da Fazenda.

De acordo com as investigações feitas pela PF, Palocci teria pedido ao então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, para obter o extrato bancário do caseiro. O objetivo seria desmoralizar o depoimento de Francenildo.

Um dia após o depoimento, a revista "Época" publicou o extrato bancário do caseiro com depósito de R$ 25 mil. A insinuação era que o dinheiro pagaria o depoimento de Francenildo contra Palocci. Mas descobriu-se que o depósito foi realizado pelo pai do caseiro para que ele desistisse de uma ação de reconhecimento de paternidade.

O escândalo de quebra do sigilo bancário de Francenildo derrubou Palocci do Comando do Ministério da Fazenda. Ele deixou o cargo em 27 de março de 2006, três semanas após a denúncia.

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