O Brasil vem gastando mais com assistência a vitimas de desastres do que com medidas que diminuam os danos causados por eles. É fácil comparar esta realidade através dos investimentos em programas federais, dedicados à prevenção e à resposta a eventos climáticos.
No final de 2008, por exemplo, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), de acordo com levantamento feito pela organização não governamental, a ONG Contas Abertas, 97% do total de R$ 1,6 bilhão previsto na Medida Provisória (MP) 448, após as enchentes de Santa Catarina, já havia sido liberado até 3 de setembro.
Em 2009, o Governo não gastou ainda com itens cruciais do orçamento, como “publicidade de utilidade pública” para a orientação e o esclarecimento das populações residentes em áreas de risco, ou com apoio a obras preventivas de desastres, ações de defesa civil para enfrentamento das mudanças climáticas, ou tão pouco com a estruturação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).
Em contrapartida, a União continua agindo de maneira reativa. Este ano destinou R$ 980 milhões para o restabelecimento da normalidade no cenário de desastres, e R$ 642,5 milhões com socorro e assistência às pessoas atingidas por desastres. As ações preventivas embora tenham crescido, ainda estão aquém das necessidades, sobretudo porque,os eventos climáticos se agravam no País, graças ao aquecimento global.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, a Secretária Nacional de Defesa Civil, Ivone Valente, afirma que cabe aos Estados e Municípios, primeiramente, as ações locais de prevenção. "A secretaria atua em todas as fases dos eventos climáticos, mas acaba aparecendo mais como bombeiro na hora de socorrer as vítimas de calamidades", diz Ivone.
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