terça-feira, 17 de novembro de 2009

Fábio Puentes fala de hipnose e atravessa agulha no pescoço de aluno

Flavia Borges

Foto: Flavia Borges


O hipnólogo uruguaio Fábio Puentes palestrou nesta terça (17) para alunos de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) demonstrando seu trabalho ao vivo com voluntários da platéia.

O encontro de quase duas horas ocorreu no auditório do Bloco O da UFF, no campus Gragoatá. Fábio Puentes falou sobre os preceitos da hipnose e de seus trabalhos terapêuticos em equipes multidisciplinares (com médicos, psiquiátras e psicólogos).

O hipnólogo estava acompanhado da psicóloga Samantha Moreira, uma das profissionais que atendem no Centro Multidisciplinar da Dor, clínica localizada em Botafogo (RJ), onde Fábio faz consultas quando está no Brasil. Samantha também utiliza técnicas da hipnose em psicoterapias, já que, de acordo com Puentes, o Conselho Federal de Psicologia (CRP) liberou a utilização desse procedimento recentemente.

Dentre as várias aplicações da hipnose estão desde programações para lagar vícios até sugestões para aliviar dores crônicas. No entanto, Puetes explica que a hipnose não cura patologias de origem fisiológica, apenas alivia sintomas.

"Para a dor, a hipnose é 95% efetiva, mas não cura nada. Tem que ter cuidado para a hipnose não mascarar a dor", enfatiza o hipnólogo. Ele ainda deixa claro que é importante que o profissional não programe nada no paciente que possa atrapalhar o diagnóstico de doenças pelos médicos.

O interessante na hipnose, para Puentes, é a rapidez que a técnica concede à solução dos problemas. Enquanto a psicoterapia e tratamentos medicamentosos demoram para fazer efeito, a hipnose dá alívio instantâneo. Entretanto, há casos em que o trabalho conjunto com a psicologia é
fundamental, já que o efeito hipnótico não dura para sempre.

Depois das primeiras explicações e relatos de suas experiências, Fábio Puentes fez algumas demonstrações com alguns de seus espectadores. Algumas pessoas, mais sugestionáveis que outras, foram colocadas em transe e acataram as sugestões do hipnotizador. Dentre as experiências, uma voluntária ficou muda após um comando de Puentes e outra não conseguiu abrir os olhos. Um rapaz, depois de sugestionado a não sentir nada e contrair vasos sangüíneos, teve uma agulha atravessada pela pele do pescoço sem dor nem sangramento.

Para finalizar, Fábio explica que para mudar uma conduta, ou seja, controlar sempre um comportamento, é necessário que a programação mental se repita. Para isso ele sugere que a pessoa se beneficie da prática da autohipnose.

Puetes pratica a hipnose há 40 anos e é famoso no Brasil por suas aparições em programas de TV, como SuperPop (RedeTV) e Programa do Jô.

Nenhum comentário:

Postar um comentário