Depois de expulsarem a aluna Geise Arruda no último dia 7, a Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), em São Bernardo do Campo, voltou atrás em sua decisão e divulgou novas normas de conduta para seus alunos e funcionários: a entrada na instituição será permitida apenas para quem estiver nu.
As novas regras causaram frisson nesta semana. Logo depois da polêmica gerada pelo caso Geise e o impacto disseminado pela imprensa e sociedade, a Uniban voltou atrás, não só desistindo de cancelar a matrícula da estudante, mas também reformulando as regras da Universidade. Agora a exigência é a de que todos os seus frequentadores estejam nus e se comportem normalmente (como nas praias de nudismo) em nome da alteridade.
A equipe que realizou esta reportagem, ao entrevistar alunos no campus da Universidade, também foi convidade a respeitar as novas normas de comportamento divulgadas na última segunda-feira (09).
Ao serem entrevistados, os alunos e professores já adeptos do já chamado "nudismo universitário" não pareciam nada constrangidos.
"O Brasil é um país tropical, o aquecimento global é uma realidade e as mulheres já queimaram seus sutiãs há décadas! Por que não inaugurar de vez a era do nu total? Se é revolução, nada melhor que começar essa idéia dentro o meio acadêmico.", apoiou Carla Joana, hippie, feminista e professora de História.
Outros no entanto, acharam a nova situação um disparate. O grupo já pensa em criar uma liga de resistência dentro da Universidade para mobilizar alunos com complexo de inferioridade e religiosos ortodoxos sobre a imposição do nudismo.
"Isso é um absurdo! Meu pastor mandou que eu trancasse a matrícula na Uniban!", contou Maria Elizabeth, 59 anos, aluna de biologia marinha.
A Uniban divulgou um comunicado oficial na quarta (11) explicando que o nudismo universatário ainda está em fase de experiência e que tudo dependerá da aceitação da maioria dos alunos: "... respeitaremos os fundamentos da democracia, tomada aqui como a vontade da maioria de nossos alunos e profissionais. Nossa intenção é deixar a grande maioria satisfeita e limpar a imagem de nossa instituição, tão manchada à opinião pública pelos últimos acontecimentos...".
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